Sempre quis ser mãe e quando soube que vinha uma menina, não tive dúvidas: MEL
Gosto muito de nomes curtos, que em poucas letras traduzem tudo que devem significar e a Mel consegue provar nos seus atos o que o nome já diz.
Logo que a Mel chegou já me vi em um grande desafio: não consegui amamentar e tive depressão pós parto e quando ela tinha apenas 20 dias de vida mudamos de Estado, e tudo, tudo mudou em minha vida e mais ainda na dela.
A Mel andou com 10 meses, gostava muito de aprontar, sempre foi uma criança séria, só ria quando tinha motivo e até hoje é assim. A primeira palavra que falou foi “mamã” e dentre os vários momentos marcantes enquanto bebê eu não consigo esquecer, e chego a me arrepiar quando lembro da primeira vez que bateu palminhas(no meu colo) e da vez que ela juntou um pote qualquer do chão, se espichou para pegar uma colheirinha de iogurte e começou a dar “comidinha” a uma boneca...e aí eu já comecei a lembrar de tanta coisa aqui.
Mel sempre age como o mundo fosse apenas dela, e para mim é!
Antes que a Mel completasse 3 anos me divorciei do pai dela, deixamos a serra da Cantareira e fomos para o interior do Rio Grande do Sul. Mudança drástica na vida e no padrão de vida. Doeu em mim desfazer o caasamento por causa da Mel, eu expliquei em poucas palavras e então ela nunca mais me perguntou. Ela entendeu, e o melhor ela aceitou. Adorou a casa pequena dos meus pais e nem se importou de ter deixado a ampla para trás. Dormíamos numa caminha de casal velhinha que fazia barulho com qualquer movimento, mas dormíamos abraçadinhas e éramos felizes. Sem condições de pagar escolinha no começo eu a levava na pracinha quase todos os dias, depois consegui matricula-la e ela adorou os novos colegas, professores e sempre foi muito elogiada por gostar de ajudar com os bebês. Levava e buscava(as vezes com meu pai) todos os dias, e apesar de morar com meus pais eu NUNCA deixei de ser a mãe dela, de dar banho, escovar os dentes, etc...Eu me preocupava sim como nosso futuro, ela vivia da pensão que o pai mandava, e eu não tinha trabalho. Não era nada fácil, eu atravessava a cidade com sacolas de mercado para poder ir onde era mais barato, mas sempre fiz o que tinha que ser feito para que nada faltasse a ela.
Comecei a estudar, e estudei muito para o concurso, quando ela ainda não estava na escolinha estudava com ela no colo, riscando meus cadernos, e durante a madrugada quando ela dormia. Sabe o que eu pensava? Que se eu não fosse aprovada pelo menos ficaria o bom exemplo pra ela. Graças a Deus fui aprovada, mas até que eu fosse chamada mais de um ano se passou.
No aniversário de 3 aninhos dela, eu tinha poucos centavos, apenas o suficiente pra comprar o granulado e a velinha. Juntamos, a Carol, a Renata, o pai e eu e conseguimos fazer uma festinha simples e adorável pra ela, e nunca até hoje eu a vi tão feliz numa festa. Nos 4 anos não foi muuuuuito diferente, a diferença é que eu estava fazendo trabalhos como designer e não foi tão apertado como no outro ano. Passamos períodos complicadinhos, teve um dia das crianças que tudo que eu tinha eram 3 reais e comprei uma lousinha mágica que ela amou tanto, teve natal que tive que fazer crediário pra comprar presente e cheguei a ter que vender umas coisas pra poder vesti-la.
Quando fui convocada no concurso tive que ficar um tempo em Porto Alegre fazendo exames e MEU DEUS, NUNCA vou esquecer do rostinho de felicidade dela vindo de bracinhos abertos me abraçar. E então tivemos que nos separar, pois eu tinha que vir trabalhar aqui, ficar em hotel, sem conhecer a cidade e correr atrás de imóvel para finalmente trazer minha filha e tocarmos a nossa vida pra frente.
Então a deixei com a avó paterna e isso me doeu muito, não por não confiar, pois tenho enorme apreço por ela, mas nenhuma mãe merece ficar longe de seus filhos. Eu nunca senti dor como aquela, dilacerante, aquele choro engasgado, um punhal cravado em meu peito. Eu procurava apartamento todos os dias e não achava, eu não tinha vontade nenhuma de sair do trabalho pois nenhum lugar me satisfaria sem minha filha, sem meu chão. Eu comecei a ficar doente, lenta, só chorava. Eu fui até a casa da avó dela VISITAR minha filha...que tipo de mãe visita uma filha?Eu não!voltei soluçando de lá o caminho inteiro, tanto que os passageiros fizeram o motorista parar o ônibus pra eu respirar, eu sequer conseguia falar quando me perguntavam o que havia acontecido.
E então eu fiz acontecer, depois de 1 mês longe e trouxe meu universo de volta pra mim e digo: naquele dia, no dia que ela veio pra novamente MORAR eu nasci de novo. São 6 horas de viagem, mas na volta foi como se fossem 6 minutos, eu esperei a vida inteira por aquele momento e então eu pude continuar com minha vida. Apresentei a cidade a ela, e foi como estivéssemos em lua de mel, aliás quando to com a Mel sempre é! Ela adorou aqui e mais uma vez se adaptou. Cheguei a conclusão que LAR é onde minha filha tá comigo.
Agora enquanto eu enfrento uma depressão ela se mostrou madura, ela realmente me cuida e me dá forças. E NUNCA em nenhum dia que estive doente eu deixei de ter os devidos cuidados com ela. Não sei de onde vem a força, mas eu levanto e consigo fazer as coisas pra ela, depois eu caio de novo, mas ela tá a salvo e bem cuidada.
Quem vê essa guriazinha falante e linda não imagina que ela já teve que mudar algumas vezes de escola por N motivos e pode mudar de novo a qq hora, que ela mora longe do pai e pouco tem contato, que mora longe também dos avós tanto paterno quanto materno, que ela dá apoio moral a mãe que tem depressão, quem a vê nem imagina o quanto ela é forte.
Ela só tem 6 anos mas já tem muita estrada, muita história e qualquer dificuldade vista sob a ótica dela vira uma ponte. Eu amo tanto que chega a doer, eu amo tanto que ultrapassa de amor.
Não me acho extraordinária como mãe, eu fiz o que deveria ser feito, o que uma mãe deve fazer, mas a Mel é extraordinária como filha, ela é.
Mesmo depois de tantas mudanças, tanta coisa, ela é a criança mais feliz que eu conheço!
Parabéns pela formatura MINHA VIDA!
MEL
domingo, 11 de dezembro de 2011
Uma nova verdade
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sempre pensei que tinha total controle da minha vida, nunca me iludi com esse tal destino, sempre contei apenas com minha força de vontade, meu esforço. Sempre defendi a idéia de que cada um tem o que merece e o que busca, nunca considerei o fator sorte ou acaso. Nunca admiti perder, não sabia lidar com frustrações e não tinha o menor interesse em aprender, pois estando EU no comando elas jamais aconteceriam.
Projetei minha vida todinha, e deu tudo certo...mas eu não contava com os imprevistos e fatalidades que acontecem e de repente quando me vi em uma cama, com diagnóstico de depressão sem conseguir fazer nada além de respirar, todas as minhas teorias e certezas perderam o sentido, assim como minha existência, tudo que acreditava se foi..afinal eu sempre tive a certeza que venceria, lutaria e naquele momento eu deveria estar correndo atrás de meu crescimento profissional, mas tava ali, estagnada, como aceitar isso? Não sei se consegui aceitar, aliás não sei mais de nada.
Quando a depressão me pegou, estava em meio a um furacão, onde eu tentava ser uma Super Mulher. Queria estar trabalhando e progredindo na minha carreira, malhando, estudando, produzindo e sendo tudo que fosse possível ser. Então veio a doença e minha vida parou. Logo depois, quando tudo ainda eram borrões e incertezas, quando eu já me sentia “menos pior que quando caí em depressão” e parecia que tinha perdido metade da minha vida em uma cama, imagine como foi minha frustração quando o perito disse que eu deveria ficar afastada de minhas atividades profissionais até 31/12/2011. Foi frustrante e eu sei que regredi muito depois disso. Eu estava de pé, eu estava conseguindo tomar banho e até estava gostando de cuidar de mim, eu tinha me esforçado e consegui passar em TODAS cadeiras do semestre, sendo totalmente autodidata e por mérito meu, pois por causa da doença quase não assisti aulas, eu estava em dia com a limpeza da casa, eu estava satisfeita com minha terapia, eu achava que estava bem e vem alguém e me diz em alto e bom som NÃO, VOCÊ NÃO TEM CONDIÇÕES DE TRABALHAR.
Daí veio um novo recomeço, me vi com um tempo e uma liberdade e não sabia o que fazer com isso, foi como se no jogo da vida minha peça parasse no tabuleiro no “FIQUE 100 RODADAS SEM JOGAR”, foi assim que me senti.
Já são 5 meses de tratamento e ainda impedida de trabalhar, embora agora eu consiga levantar da cama, tomar banho e ir a faculdade por obrigação, eu não to nenhum pouco bem. Não consigo aceitar que o mundo não parou e estou perdendo tudo. Não posso continuar assim, não consigo mais. Fui muito otimista, eu fui MESMO, todos os dias do meu tratamento eu pedi forças a Deus, eu busquei forças em mim, mas não é assim que funciona, minha teoria estava errada. Não basta apenas trabalhar duro, estudar, ter fé...não temos controle de tudo, e isso me deixa insegura.
Eu vi que era prepotente demais em pensar que sozinha conseguiria tudo, não sei mais qual minha verdade.
Esse é o momento da minha vida que devo decidir: ou me mato ou saio da depressão.
Graças a Deus essa não é uma carta de suicídio, eu decido viver, eu decido descobrir uma nova verdade.
Óbvio que melhorei nesses 5 meses, já consigo tomar a decisão de querer e aceitar que nem tudo acontece como a gente planeja, e nem esse tratamento que estou seguindo está sendo o que eu esperava. Em 3 meses eu “planejava” estar bem, pois assim o médico me disse, que nesse tempo eu já estaria sendo quem sempre fui...mas já fazem 5 e a cada dia eu fico mais confusa, mais questiono e mais sofro... o remédio me dá muito sono, passo o dia todo me esforçando pra não dormir, pois tenho medo de não levantar mais da cama. Alguma coisa ta errado, eu vejo os dias que se vão sem que eu tenha feito parte deles, e eu sou teimosa.
Tô pegando de novo as rédeas da minha vida e fazendo a curva para o lado do sol. Hoje com uma esforço enorme eu liguei para um novo médico que parece oferecer o tipo de tratamento mais adequado ao meu caso. Liguei e desliguei três vezes, tremia, até que simplesmente minha voz saiu e gaguejando marquei a consulta. Amanhã. Mais uma frustração pois eu queria que me atendesse hoje, mas a aceitação faz parte do processo.
Eu to empolgada, como uma criança as vésperas do Natal, é amanhã que estarei tendo uma nova chance de viver, mas viver de verdade, pois por enquanto eu tenho apenas sobrevivido.
Calma alma minha, calminha...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Para sair de uma depressão é necessário procurar motivos para viver, significa olhar pra dentro, refletir, se adequar ao mundo, mudar, evoluir.
É como nascer de novo, sair de um lugar escuro para o mundo real tendo que aprender a engatinhar e então andar. É reaprender a ver, a ouvir, a sentir...principalmente sentir o calor que vem de todos os lados.
Eu fiquei sabendo que sou bastante amada e também tenho muito amor a dar.
Eu fiquei sabendo que sou bonita, que sou inteligente e que tenho valor no mundo.
Agora eu sei que não tô sozinha. Antes a depressão estava me cegando e eu não notava.
Meu tratamento está indo bem, obrigada, porém é bem devagar...é um processo lento, juntando os pedaços da minha alma.
Por 2 meses tentei uma medicação e não me adaptei, então me vi de volta a estaca zero e insegura pois a felicidade começou a parecer um sonho cada vez mais distante, quase desisti da vida , mas graças a Deus este novo remédio está me fazendo um bem incrível, e tô ciente ainda tenho um longo caminho pela frente.
Tenho pensado muito, refletindo sobre cada acontecimento da minha vida e a real importância que eles merecem...percebi que tava me deixando abater por esta cidade e por tudo que deixei de fazer por causa desse lugar...nunca fui bem recebida aqui, nunca me senti em casa, nem fiz amigos, fui julgada e condenada sem nem ao menos poder mostrar quem sou...eu apenas aceitava a situação mas algo aqui dentro sangrava. Mas é nessa cidade que está meu emprego (meu futuro, minha carreira) aqui está o homem que eu amo e minha filha gosta muito daqui e é por isso que hoje eu sei que nenhum lugar vai me trazer a felicidade se eu não estiver aberta a ela...então não me importa mais a opinião de quem nada me acrescenta, isso só me faz mal, mas não me deixo mais derrubar. Não sou mais vítima dessa situação, não vou dar mais lugar pra coisas ruins na minha vida.
Infelizmente há muito, muito preconceito quando se trata de depressão.
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética.A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida.
Não entendem que depressão é uma DOENÇA, uma patologia e assim como toda doença, não é o paciente que decide quando deve parar de ficar doente. Não são frases prontas nem é preciso ficar lembrando toda hora que eu tenho isso ou aquilo e preciso querer melhorar, não depende de mim...afinal, quais motivos eu teria pra querer sentir isso?
Já ouvi muitos dizerem que depressão é coisa de quem não tem o que fazer na vida, de malandro... isso é muita ignorância, uma total falta de respeito com quem está passando por isso.
Poucas pessoas me deram a mão e respeitaram, pouquíssimas porém fundamentais e é com elas que vou comemorar e dar o melhor da minha amizade quando tudo isso passar.
Descobri que muuuuitas pessoas que conheço já passaram pelo que tô passando, e conversando, trocando experiências e vivências pude entender melhor tudo isso.
Ainda to vivendo altos e baixos...dias melhores, outros nem tanto, mas to amparada por bons profissionais que me garantem que é assim mesmo até que eu encontre meu equilíbrio, minha plenitude.
Hoje fui a um especialista do INSS fazer a perícia médica e ele me fez ver algo que não tava conseguindo mesmo com a palavra do meu psiquiatra e minha psicóloga...ainda tenho um longo caminho a percorrer até estar completamente bem, apta pra voltar a rotina de trabalho, até que a lagarta vire uma borboleta. Só me liberou a voltar ao trabalho no ano que vem.
Eu pensei que poderia voltar agora, por medo do vazio que ficaria em minha vida
Esse tempo que vou ter será pra cuidar de mim...será de muita terapia, muita reflexão.
Não to com medo do tempo, sei que preciso dele pra me curar.
Eu PRECISO ficar bem, eu QUERO ficar bem, eu VOU ficar bem.
Tenho tanto a viver, a aprender...o mundo que me aguarde!
Eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender...
E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Se me perguntarem como eu tô? Direi que já tive dias melhores...MAS já tive
dias bem piores também e isso é o que me motiva.
Encontrei em minhas coisas esse texto de mais ou menos pouco mais de um ano atrás, e apesar de hoje eu estar de bem com meu coração, apaixonada e feliz(que não é indivíduo que não me quis..PERDEU BOBÃO!), resolvi publicar, pra sei lá, enterrar de vez esse fantasma que até pouco tempo me assombrou, e também pra lembrar de como sou assim..sem essa sombra da depressão que logo vai passar.
O texto é baseado em fatos reais, então quem se identificar põe o dedo aqui nos comentários!
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
A vida nunca foi fácil para mim, e isso me tornou uma guerreira. Eu caí, levantei, mudei, lutei.
Vim, vi, venci.
Não me acomodo, vou à luta, pago o preço. Chorei e sequei minhas próprias lágrimas.
Sei que posso ser o que quiser e sou. Escrevo minha história com suor, lágrimas e a ilustro com sorrisos. Eu sou alguém.
Crio minha filha sozinha, mantenho uma casa, um lar. Tenho uma carreira que será cada dia mais brilhante. Amo o que faço. Não paro nunca: lavo, passo, arrumo, ajeito..sempre dou um jeito. Sou uma Super Mulher. Não me encaixo na expressão “sexo frágil”. Faço tudo que um homem faz e ainda de salto alto.
Não deixo a vida me levar, pra isso tenho meus próprios pés. Tenho fé, tenho coragem e o maior amor do mundo.
Sou uma muralha, mas desabo quando afeta meu coração. Meu ponto fraco. Não sou auto-suficiente nesse assunto, dependo de um homem me amando pra me sentir completa como mulher, preciso de um homem para amar.
Não um homem pra me sustentar, mas alguém pra puxar minha mão quando me distraio ao atravessar a rua e quase me atropelam, preciso para que me diga que tô bonita mesmo sem maquiagem, pra perguntar como foi meu dia, pra me aquecer nas noites frias, pra que eu tenha motivo pra comprar lingeries sexies, pra segurar minha mão num filme de terror, pra tocar minha pele que hidrato com tanto cuidado, pra criticar minhas roupas curtas, pra realmente se importar.
Preciso de um homem pra me permitir ser “mulherzinha”, pra que eu seja frágil e possa ter medo de baratas.
Preciso de algo que não depende só de mim, e por isso é muito complicado. Envolve outra pessoa que tem idéias, vontade própria, que convive com outras pessoas que podem despertar seu interesse. Envolve esse ser que não entendo, um homem.
Sempre soube lidar bem com amizades masculinas, mas um relacionamento é bem mais complexo.
Tenho tentando entender, encontrar, agradar, tentando amar um homem. Já amei, as vezes amo ou chego bem perto disso. Mas o fato é que houve sentimento da minha parte, expectativa de retorno em pelo menos 90% dos beijos que desperdicei por aí(os outros 10% eu tava bêbada ou era carnaval)...se fiquei é pq achei que tinha algo a mais, tinha sentimento...sempre me iludo.
Homens dignos não batem em mulher mas já nos causaram danos e dores bem piores que qualquer dor física. Ainda carrego feridas abertas da minha última “aventura” no mundo dos relacionamentos.
Não existe explicação, ela se vai com o homem. Os homens não rompem, não dizem com todas as letras que não estão a fim...são covardes, simplesmente somem. Eu entendo bem o silêncio, o vazio e o coração despedaçado que fica. Não insisto e nem questiono.
O que me entristece ainda mais é que dessa última vez eu não procurei, eu tava quietinha, na minha. Ele veio até mim, me fez enxerga-lo, fez o jogo da conquista, conquistou-me e quando me teve, perdeu o interesse.
Eu nem tive interesse a princípio, tentei ignora-lo, mas ele me procurava e insistia. Parecia ser diferente dos outros, mera ilusão...
Sumiu e só.
Entendo que beijos não são promessas de casamento, mas os atos foram sim promessas de alguma coisa a mais, um telefonema pra saber se estou viva pelo menos.
Coisa típica de homem. Somem e a gente fica sem saber e sem entender.
Eles não querem o nosso drama, nem nosso choro, não querem ter que admitir que são uns ignorantes, egocêntricos e simplesmente não se importam em partir seu coração. Alguns homens são seres desprovidos de consideração ao sentimento alheio. Uma surra dói menos e tem curativo que cure, pelo menos.
To acabada por dentro e esqueço aquela mulher poderosa que eu disse ser eu. É tão difícil me amar e querer estar comigo? É algum problema comigo? Minha aparência? Meu jeito? Tenho culpa de acreditar no amor e querer que dê certo?
Queria que nesse momento ele estivesse aqui..me abraçasse, me ouvisse e me fizesse sentir segura e ter certeza que tudo vai dar certo.
É, pensando bem, não sou tão poderosa assim...
Não é apenas mais um drama...
domingo, 22 de maio de 2011
Era Agosto ou Setembro de 2010 quando me acordei já cansada, sem fôlego nenhum, vontade de ficar dormindo o dia todo, mas profissional que sou, levantei, trabalhei arrastando meu corpo o dia todo. Dias como esse voltaram a se repetir, fui perdendo o prazer em fazer qualquer coisa, só pensava em dormir, comprei aqueles remédios com vitaminas, guaraná, estimulantes que não fizeram efeito nenhum, fiz exames e nenhuma anormalidade, pensei:vai passar. Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência,e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.
Logo em seguida fiz uma cirurgia e atribui a persistência dessa falta de ânimo, cansaço sem causa e falta de vontade de continuar viva como período transitório da recuperação. Vivia caindo pelos cantos, mas continuava achava que seria passageiro. Procurei ajuda espiritual, medicina alternativa, florais, reiki, mas não vi resultados.
Passado o período de efeitos da cirurgia a minha falta de ânimo, fé e qualquer coisa persistia e comecei a ter crises. Sem nenhum motivo aparente eu começava a suar, tremer minha pressão baixava, um desespero tomava conta de mim e isso me fez mais de uma vez ir parar no hospital. De repente me vi internada mal, no entanto com exames clínicos completamente normais, só conseguia pensar que estava enlouquecendo. Nenhuma explicação, nada e isso me fazia ficar mais desesperada e com menos ainda vontade de ver o amanhã. Talvez o Dr. House pudesse me ajudar, meu caso era uma incógnita por todos profissionais que passei. Me recusava a admitir que era algo da minha mente, pois meu corpo já estava completamente dominado. Culpava a pressão baixa, mas os médicos eram categóricos a afirmar que a pressão baixa era um sintoma e não a própria doença.
O que pensei que era apenas dias ruins e complicados se tornaram uma constante.
Essas crises se tornaram rotinas, algumas vinham menos intensas e eu conseguia externamente disfarçar mas dentro de mim alguma coisa queimava, saia de controle, eu estava no meu limite, eu tinha que usar todo o auto-controle que tinha e não tinha para me manter sem fazer uma loucura, era uma questão de tempo pra eu surtar de vez. Me isolei, o medo de ter uma crise em público, aquele furacão dentro de mim, o desespero, o medo, fraqueza..eu sabia que aquilo voltaria a qualquer momento e o medo me apavorava... não existem palavras que possam descrever tudo que sinto num momento de crise. É a sensação de morte eminente, cheguei a sentir o cheiro dela, a insanidade me toma por inteiro. Não tenho nenhum controle do meu corpo, não consigo me mexer, por dentro uma ebulição. E quando o pânico se vai fica o medo, o terror da próxima crise. Medo de ficar sozinho, medo de passar por aquilo em público...
Meus dias se alternavam em crises intensas onde eu ficava fora de mim e dias que não sentia nada, nem prazer, nem dor, nem motivação, NADA. Eu nunca sabia como seria o dia seguinte ou o momento seguinte, minha vida virou um inferno. Eu não sentia nenhuma vontade de fazer coisas rotineiras, fazia tudo automaticamente:me levantava, vestia minha filha pra escola, tomava banho, café, me maquiava, ia trabalhar....tudo sem nenhum prazer ou vontade, apenas porque tinha que fazer.Era como se minha alma tiuvesse sido levada, restava apenas um corpo cansado, exausto.Foi uma morte em vida.
Não havia mais motivos pra querer continuar vivendo daquela forma e assim pensamentos de morte começaram a nascer em minha mente cansada de sofrer, mas felizmente num momento de lucidez me dei conta de tudo que eu tenho(uma filha linda, um noivo maravilhoso, um lar, uma carreira, amigos e etc) e decidi lutar. Fui até uma psicóloga que viu a gravidade do meu caso e no mesmo momento me encaminhou a um psiquiatra e então veio finalmente um diagnóstico: Depressão profunda e Síndrome de Pânico. É estranho dizer mas me senti aliviada ao SABER finalmente o que eu tinha...e a partir dali começou minha luta contra...mim mesma, afinal é aqui dentro de mim que tudo acontece.
Já fazem um pouco mais de uma semana e os remédios ainda não fizeram nenhum efeito. Tentei voltar ao trabalho mas ao subir as escadas comecei a tremer e suar frio, meu corpo fica molhado de tensão e então vem o desespero, como se tudo acontecesse dentro de mim, como uma onda de loucura tomando conta de mim, medo, muito medo, do julgamento de meus colegas, de não conseguir realizar minhas tarefas, de morrer, de não conseguir me controlar, de tudo...muito mais do que consigo verbalizar aqui. Só de lembrar já começo a ficar nervosa, não escreverei mais sobre as crises agora pois estou na eminência de uma. Meus médicos me afastaram do trabalho por tempo, até que eu consiga me reerguer.
Mesmo sem ainda os efeitos do remédio eu já me sinto esperançosa, sei que agora o que tenho tem nome e o melhor: tratamento. Sei que não será fácil, mas nada em minha vida foi, e sei que vou conseguir sair dessa.
No começo senti vergonha de admitir, mas esse é um passo fundamental pra minha cura.
Me questionava o tempo todo: será que um dia vou conseguir viver normalmente? Será que vou conseguir voltar a trabalhar? Será que vou ser uma pessoa normal? Hoje eu tenho certeza que SIM, eu vou me curar.
Deus não dá o fardo maior que podemos carregar, eu sei, e quando tudo isso passar eu vou olhar a vida de uma forma diferente, aliás já estou olhando e valorizando bem mais aquilo que tenho, minha família e as coisas que não tem seu valor medido em cifras...nada é por acaso, de tudo fica o aprendizado.
Que fique pelo menos um alerta a quem me lê: Cuide da sua saúde mental, sem ela não somos nada! Não deixe o stress tomar conta de sua vida, deixe seus problemas profissionais no trabalho, mantenha sua mente saudável, tenha um hobby, descanse, não tem salário no mundo que pague a paz que me foi tomada pela depressão.
Não menospreze a falta de disposição e de motivação freqüente, não tenha medo e nem preconceito de procurar terapia(se eu tivesse suspeitado no começo que se tratava de depressão eu poderia estar curada há tempos) e nunca julgue quem está passando por isso, não pense que somos fracos ou menos capazes. Esse tipo de doença não escolhe idade, sexo e ninguém está livre.
Sobre timidez
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Querido Blog,
domingo, 10 de abril de 2011
Perdão pela sinceridade, mas a verdade é que eu tinha até esquecido de você. Pois é, não fique magoado, pois por um dia foi essencial para mim mas a verdade to mergulhada na vida real que meus desabafos e questionamentos que eram colocados aqui acabam ficando em segundo plano, mas não quer dizer que elas não existam...Não fique com ciúme do twitter, não te troquei por ele(cof) mas sabe né...140 caracteres cabe no meu limitado ócio.
Mas vou tentar me redimir e te colocar a par de tudo que aconteceu e está acontecendo e não vou prometer mas talvez eu volte aqui com mais frequência, tah?
Ando ocupadíssima e isso é bom, afinal to otimizando minhas horas...sendo mãe(e isso é o principal, a missão mais importante da minha vida)trabalhando bastante(e me sentindo importante, parte de uma equipe), estudando(aí ninguém me segura), namorando(pele tá uma beleza), cuidando da casa(lerêrêrê lerêrêrêrêrê) e quase conseguindo cuidar de mim(um dia eu chego lá).
Tô apavorada com esse tempo que voa loucamente e nem vejo..ainda ontem eu tava me programando pro Natal e daqui a 2 semanas já vem a Páscoa...credo!
Ah não tô mais loira..por enquanto...mas nem vale a pena trocar o nome do blog pq né...talvez amanhã meus cabelo já estejam claros de novo...
Sabe aquela minha mania irritante de querer sempre mais? Então...tá aqui mais presente que nunca. Essa coisa de querer evoluir, ser melhor acaba não me deixando viver o presente como se deve pq vivo na expectativa, agora escrevendo que me dei conta disso. Na segunda quero que sexta chegue logo, e toda manhã por odiar acordar cedo desejo ardentemente minha aposentadoria pra poder ficar na cama até a hora que eu quiser..e assim vou levando...que saco isso, tá na hora de eu ser menos impaciente! Como faz?
Luto pois não vou poder ir no Rock in Rio. L-U-T-O!
Ainda não me sinto "adaptada" na cidade, eu diria que estou conformada pois minha filha gosta daqui, o homem que amo tá aqui e meu trabalho aqui tá indo por um caminho legal...mas mesmo assim quero ir embora as vezes, mas só as vezes...depois passa.
Sabe querido blog, to bem assustada pois tem uma outra pessoa vivendo aqui dentro de mim, e não não é um bebê(bate na madeira) é tipo uma irmã gêmea, a Raquel que quer boicotar a Rutinha, saca?
A vida sentimental da Rutinha vai muito bem, obrigada...há um ano atrás eu tava toda faceira, solteira, independente se programando pra curtir muuuuito até que ele apareceu ela se apaixonei, ops apaixoNOU. Relutou mas cedeu, e ele faz tão bem a ela...mas a Raquel lembra a Ruth toda a hora que ela não curtiu o suficiente, que se “se amarrar” vai deixar pra trás essas coisas boas da vida tipo paquera, bebedeira, loucuras da solteirice e a coitada da Ruth fica loca, loca, loca pra sair por aí, tomar uns tragos e seduzir como se não houvesse amanhã...coitada esquece que chega sexta feira e ela apaga vendo TV, sábado só quer descansar e não teria pique pra uma noitada e bem, tem muitas responsabilidades que não combinam com esse estilo de vida Amy Winehouse meets Paris Hilton...
"Rutinha é boa, a Raquel é má."(Da Lua, Tonho)
Enfim, será que sou bipolar? Será que to com medo por não ter tido uma experiência boa no casamento anterior?medo da rotina e da falta de aventura?medo de compromisso?
Ai Meu Blog Amado, sábado a noite e eu aqui enquanto filha dorme, meu noivo toma banho eu escrevo coisas doidas pq tudo na minha vida tem sido sério demais, responsável demais e eu cando as vezes disso. Considerando que eu poderia estar roubando e matando mas tô aqui escrevendo esse chavão clichê nem sei de mais nada...só sei que o Araketu é bom demais.
Ai que tosco..desculpa é o sono!
Teoria da Conspiração
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A vida é uma caixinha de surpresas, já diria Joseph Climber, e numa dessas o médico me condenou alguns dias ao repouso, me obrigou a particar o ócio e então notei que ficar sem fazer nada é muito mais trabalhoso que fazer tudo.
Complicadíssimo.
Nesse vazio de ocupação vou pensando em tudo que possam imaginar e desenvolvendo teorias sobre tudo que é besteira.
Dissertarei aqui sobre uma delas...
Logo que fiz a lipo notei que minha filha ficou bem preocupada comigo, é difícil convencer uma criança de 5 anos que não tava doente, apenas debilitada pela cirurgia e então ela me disse “que nunca quer que eu morra”. Me partiu o coração tal pedido e prometi a ela que não vou morrer, e espero que Deus continue me dando saúde e forças pra eu poder manter minha promessa por muitos e muitos anos..
Aí tava pensando...não lembro dela ter vivenciado a morte da mãe de alguém então tal medo não vem da realidade e sim da fantasia. Aí constatei que existe uma cultura “anti-mãe” entre os personagens infantis, já notaram?
Vou começar pelos mais conhecidos... Cinderela por exemplo, é órfã e tem uma péssima madrasta que além de fazer mal à enteada é o pior tipo de mãe pois enche as filhas de maus exemplos. Branca de Neve, órfã também. Pequena Sereia, órfã. Jasmine, órfã. Pocahontas, órfã. Bela(Bela e a Fera) órfã. Bela Adormecida até tem mãe mas é uma mera coadjuvante que não faz nada pra defender a pobre filha da maldição.
Dumbo é tragicamente separado da mãe no circo.
O Bambi então é um drama materno de dar inveja a Almodovar...a mãe do pobre veadinho é MORTA PELOS CAÇADORES.
Em Rei Leão o Simba até tem mãe mas quem toma conta dele é um suricate e um javali, belo exemplo, neh?
Cadê a mãe da Lilo(Lilo e Stich),hein?!? ela é criada pela irmã!
Em Peter Pan as crianças da Terra do Nunca se sentem tão carentes de amor materno que a Wendy tem que brincar de assumir o papel de mãe...Sininho órfã e pequenina. Pinóquio mente e faz coisas erradas porque?Pq não tem uma mãe que eduque!
É um boicote às mães nos contos de fadas, ou estão mortas ou são apáticas...Mônica sofre builling diariamente do Cebolinha e a mãe dela faz o quê?e a mãe dele onde ta que não educa o filho?
E a mãe do patinho feio que nem reconhece o próprio filho?!?
Nunca vi a mãe do Mickey ou da Minnie! Huguinho, Zezinho e Luizinho são criados pelo Tio, o Pato Donald...cadê a mãe desses patinhos?
E a Barbie??Pq não existe uma boneca com uma aparência mais maternal pra ser a mãe dela?Nem venham me dizer que a Barbie tem filhos pq com aquele corpinho..nem, nem!!!
A Boo, menininha do Monstros SA...onde ta a mãe daquela criança enquanto some com os montros??
A mãe do Nemo já é assassinada no início do filme.
E o Mogli?E o Tarzan?Pobres criancinhas vítimas de uma mãe negligente.
A mãe da Chapeuzinho Vermelho e mãe dos Três Porquinhos deviam ser pegas pelo conselho Tutelar por mandar a filha direto pras garras do lobo...Absurdo!!!!
Isso apenas dos personagens que consegui lembrar, devem ter muitooos mais por aí.
Não que seja algo que realmente me incomode, as crianças aprendem o que vivenciam...e sou boa o suficiente como mãe e sei minha filha concorda comigo(L)..mas porra nenhuma mãezinha razoável nos contos de fadas???Isso só pode ser uma conspiração!
Disney e todos escritores infantis devem ser órfãos e assim espalham em mensagem subliminares em seus contos uma cultura anti-mãe.
Isso não pode continuar assim, onde estão as mães pra juntas defendermos nossa categoria junto ao imaginário infantil?Vamos fundar um sindicato, uma sociedade anônima...não podemos nos calar diante de tanto descaso!
IH!Acho que me empolguei..
espero que o médico me libere logo para trabalhar. Amém!
(sem referências, sou a mãe dos nossos contos de fada)
Futilidade Pública
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Vivemos num mundo livre apenas teoricamente.
A maioria de nós é preso por laços invisíveis de preconceito com raizes profundas que espero não estarem sendo passadas aos nossos antecendentes. Rotulamos. Julgamos sem dó nem piedade. Marcamos as pessoas como gado pelas atitudes. Raramente nos colocamos no lugar do outro, quase nunca eu diria, o caminho mais fácil é a condenação.
Se não há empatia, amizade, TODA E QUALQUER atitude do outro vai parecer ridícula aos nossos olhos. Não existe o bom senso na hora de olhar ao próximo que não é tão próximo assim, se não é nosso amigo provavelmente o mesquinho fará uma crítica venenosa pelas costas.
Realizei um sonho.
Fiz uma lipoaspiração e coloquei silicone nos seios. Fútil pra maioria, talvez, pra mim um sonho hoje (sorriso largo) R-E-A-L-I-Z-A-D-O!
Nem todos te dão "parabéns" ou te felicitam por essa conquista, pois sim, óbvio que é uma conquista, é algo que quis, planejei, busquei e consegui!
Felicitar alguém quando esta comemorando uma conquista é uma forma de ganhar dela um pouquinho da alegria que ela está sentindo, tolos aqueles que preferem ficar com o azedume da crítica e desdém.
Pra essa conquista contei com pessoas que amo e aquelas que não importa tanto assim sequer contei, pelo menos não contei nada antes que estivesse concretizado(não gosto de comemorar o ovo que ainda tá dentro de galinha ahahah)
REALIZAÇÃO PESSOAL é uma novidade que estou amando.
Me realizo como mãe todos os dias, me realizo com as conquistas diárias do meu trabalho bem feito, fruto d meu esforço...me realizo como mulher pois ama e me sinto amada pelo meu noivo...e hoje posso dizer que me sinto realizada com meu corpo, com muito orgulho!
Não faço apologia a cirurgias, faço apologia ao bem estar, ao amor próprio, a auto estima lá onde ela deve estar no alto!
Sou crítica com TUDO que me importa. Acho triste me olhar no espelho e não gostar, não poder usar a roupa que gosto pois uma parte do corpo não ajuda. Penso que é triste deixar pra trás e abrir de qualquer coisa que me dê prazer e que me faça feliz, mesmo que essa coisa seja uma roupa linda.
Eu sou meu corpo! Pessoas sentem-se realizadas em decorar a casa, eu me sinto realizada em arrumar meu corpo da forma que me agrada, eu moro em meu corpo antes de tudo e eu me sinto tão, tão bem o reflexo no espelho que vejo hoje.
Não sei descrever esse sentimento, essa alegria que sinto ao ver que finalmente meu corpo tá belo, harmônico.
Fala-se muito de "aceitar-se como é", mas qual a diferença em pintar, mudar a cor do cabelo e tirar um pouco da gordura que incomoda?Mudou de qualquer jeito, mas se o argumento é que a lipo dói mais que uma tintura não entendo a explanação, afinal a dor é minha..porque então a crítica venenosa?
Uma nova etapa se inicia na minha vida, o sabor da conquista é maravilhoso, nos impulsiona, nos faz ter certeza que podemos..assim que passar meu pós operatório vou entrar com tudo no clima "ninguém me segura" minha auto confiança.Sentimento ótimo!!!!
Todos os dias pergunto a filha se ela tá feliz e sou presenteada com um sonoro e sorridente sim, sempre me pergunto também e não era infeliz antes da lipo, mas hoje posso dizer que estou MUITO FELIZ e a essa cirurgia mudou minha vida pra melhor de uma maneira inexplicável, apesar de ainda não ter o resultado definitivo, pois foi bem recente.
Porque as pessoas criticam quem corre atrás de algo se esse algo não é o desejo comum da maioria?
Respeite cada pessoa de maneira individual. Somos todos diferentes, complexos e peculiares. O que me faz feliz pode não ser o mesmo que significa felicidade pra você. O ideal pra você provavelmente não seja ideal pra mim. Esteja atento aos rótulos que atribui aos outros. Não julgue, ficará mais feio pra você do que pro alvo de seu julgamento. Faça o que for preciso pra se realizar de todas as formas, não importando o quão besta pareça seu objetivo, o SEU amor próprio só lhe diz respeito .
Eu tô tão bem comigo que NADA me abala. Todo mundo merece se sentir bem com o próprio corpo.É um sentimento tão magnífico que indico a todos.
Podem me chamar de fútil, eu tô acima disso.
E não, minha capacidade e meu intelecto não diminuem por eu ter feito cirurgia plástica, ok?