Oi, tudo bem com você? Comigo não!
Já reparam que todo mundo que pergunta "tudo bem?" não quer ouvir que não tá tudo bem? Ninguém quer ouvir como você realmente tá, a pessoa só tá perguntando por educação, pra puxar conversa(ou não), mas pode ter certeza que a pessoa não quer exatamente ouvir seus problemas e suas lástimas.Quem quer realmente te ajudar e notou que você esta com problemas tenta outra abordagem...
Bom, então se você veio até meu blog com essa intenção...tipo, não querendo saber como realmente tô mas ler qualquer coisa que eu tenho escrito(pra rir, achar ridículo, concordar, matar tempo, etc), acho que é melhor parar de ler agora, pq eu pretendo escrever aqui um desabafo chato e cansativo sobre coisas que realmente tô sentindo.
Como eu deveria estar depois de 1 ano separada, morando com meus pais, desempregada, com uma filha pra criar e uma conta bancária zerada?
Ainda dá tempo de parar de ler...depois não diga que não avisei.
Ok, lá vai!
Já faz um tempo que não sei mais o que é vida social, simplesmente parei de sair(idas ao mercado e reunião de pais na escola não contam) e claro, no meu tempo livre o que me sobra é a internet, virei uma pessoa virtual, com amigos virtuais, confidente virtual, conselhos virtuais, pena que meus problemas também não sejam virtuais.
Eu me peguei pensando em como isso aconteceu, quando começou, pq eu sempre gostei de sair, nunca fui de ter aqueles grupos gigantes de amigos(me dá aflição ter que andar em fila indiana em balada pra não perder ninguém) mas sempre tive poucos porem valiosos...mas quando deu-se a reviravolta na minha vida e voltei pro sul de mala, cuia e filha eu já não era mais aquela Paula de antes que topava tudo, que só não ia a todas as festas pq era impossível estar em mais de um lugar ao mesmo tempo(sim, eu aproveitei muuuuuito antes de ser mãe) e então eu não pude mais retomar o que tinha, minha realidade é outra hoje, e uma dura realidade diga-se de passagem, enquanto eu não tiver um trabalho decente e puder sustentar a mim e minha filha eu não vou me sentir digna de muita coisa(isso mesmo, eu tenho vergonha da minha situação e não me sinto digna de uma porção de coisa).
Então os amigos me convidavam pra fazer as coisas, e eu não podia, afinal não tenho grana e tenho uma filha, não é SEMPRE que posso deixa-la com minha mãe(eu não acho certo,a filha é minha), mas eu disse q não saia SEMPRE, pois sim, eu me permitia sair as vezes(depois que a Mel dormia) dar uma volta, ir num lugar legal, etc...não há mal nenhum nisso!
Mas sempre ficava triste em ter que recusar um convite legal quando eu realmente não podia...
Porém com 1 ano já tendo passado e minha vida ainda não definida, é um pouco óbvio que eu já esteja frustrada, desesperada e apavorada,o tempo tá passando e eu aqui no mesmo lugar, apesar de ter algo concreto que me aguarda, eu tenho medo sim!
Voltando a causa da minha ausência de vida na sociedade lourenciana...com o tempo, as pessoas pararam de me convidar pra fazer as coisas, afinal pq convidar a Paula se ela quase nunca sai mesmo?e já que eu nunca saio mesmo, que assunto eu teria? O novo filme da Barbie? como é incrível as calças da Mel estarem curtas de um mês pro outro? Não, né? Ninguém quis me ter por perto e muito menos ouvir meus assuntos chatos...e assim fui excluída do contato social com as pessoas que considerava "amigos"
Eu acho que já não sei mais lidar com pessoas. É sério!
Ninguém teve sensibilidade de se colocar no meu lugar e pelo menos uma única vez me convidar pra algo que estivesse dentro da minha realidade(ou seja, que não precise pagar, eu não trabalho), todos sabem que sou designer freelancer e preciso de trabalho, mas nenhum desses amigos me indicou pra alguém que fosse contratar um(e eu sei q sou competente no que faço) ou talvez bolar um programa legal que inclua também minha filha, ou sei lá...algo que um amigo faz ao outro pra que ele se sinta melhor quando percebe que ele tá infeliz(e ninguém é hipócrita pra achar que eu tô feliz nessa situação) eu praticamente não tive escolha, e aqui estou, sozinha, confidenciando num blog meu fracasso como pessoa.
Tem aquele lance também que falei lá no começo..quem quer de verdade ajudar, não chega e diz "oi tudo bem?"
Óbvio que eu tentei, convidei e fiz de tudo que pude pra me entrosar, pra ser uma boa amiga..mas acho que nunca pensaram em como tá minha cabeça (o que justifica muuuitas de minhas atitudes ou não-atitudes)
E de pensar que quando voltei pro sul eu comemorei tanto por estar novamente perto dos meus amigos de longa data...pelo visto eram amizades unilaterais.
Não pensem que esse post é pra pedir que me liguem, que me convidem, que me procurem..NÃO E NÃO!
Não quero, não faz falta, não mais!
Eu gosto da minha companhia(tenho minha agarradinha 24 horas por dia) e tô conseguindo preencher bem minhas noites de sábado.
E não ousem me criticar pois só eu sei o peso da cruz que carrego pois ninguém quis me ajudar com isso, todo medo e incerteza que não me deixam dormir, só eu sei..
Quer saber? Doeu mesmo quando percebi, eu chorei sozinha escondida pra minha filha não ver, doeu e muito..mas não dói mais, afinal a gente não perde o que não tem.
E quando eu disse que não tô bem, não é esse o maior motivo, tem algo muito pior, o que tá me deixando com enxaqueca a 2 dias, que tá me fazendo querer morrer, e é realmente grave... é algo que se você for meu amigo saberá.
Tudo bem?
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Mais um drama da Loirinha Dramática às 02:30
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 dramas:
Sei exatamente como vc se sente. Já passei muito por isso.
AMIZADE UNILATERAL..."AMIGOS" DE LONGA DATA...NÃO FAZEM MAIS FALTA...
É REALMENTE NÃO ENTENDO E NUNCA VOU CONSEGUIR ENTENDER ISSO!!!
Postar um comentário