Acabei de escrever sobre ontem e pensei....
essa é a terceira vez, só nesse ano, que vou para o hospital.
A primeira uma vez foi pq tive rotavírus. em janeiro. Passei um dia todo lá, com direito a três refeições e tudo(no almoço não ganhei nada, só o soro mesmo...a tarde pãozinho e leite , canja e gelatina a noite), com meu pai cantando histórias pra mim para o tempo passar mais rápido(é CANTANDO mesmo, bem afinado, inclusive, foi engraçado..eheh) e eu quase seduzindo um enfermeiro pra ele fazer pingar o soro mais rápido e eu voltar pra casa logo.
Depois foi pelo acidente de carro. Fiz amizade na sala de espera do raio-x com um cara de nariz quebrado, que mal conseguia falar,enquanto eu mal conseguia entender, mas pelo que entendi fanhamente dito, ele passou de moto, viu nosso acidente, ainda perguntou se tava tudo bem, na outra esquina caiu e quebrou o nariz. Depois de radiografar meu corpo todo, ainda tive que atravessar a cidade, com o pescoço imobilizado num calor infernal. Me senti um ET.
Agora dessa vez, ontem, encontrei uma senhora que conheci essa semana, quando eu passei uma manhã todo no posto de saúde esperando por uma consulta(como todo pobre que se preze, neh!). Lá no postinho ela me contou toda vida dela(coisa de praxe, sabe...gente idosa ama fazer isso, enquanto eu finjo que me interesso) e contou tb que tava lá esperando a vacina pra febre amarela, pois o tataravô dela(ou do avô dela que lutou em alguma guerra, que veio daAlemanha..eu naum lembro bem, mas eram muuuuuitas gerações antes dela) teve essa doença e morreu disso e por isso, por alguém da família dela ter morrido disso, ela tem medo, afinal, segundo a própria, tá no sangue, uma história muito triste e que dispensa aqui detalhes mórbidos que ela contou...enfim...eu não quis estragar a felicidade da pobre senhora e contar que a febre amarela não tem a ver com genética, já que ela tava lá no postinho desde as 6 da manhã pois precisava muito da vacina. Ignorando totalmente que só começam a vacinar as 9 horas e nunca tem fila nenhuma, é só chegar. E a coitada ainda tinha que ir na farmácia comprar "flalda" pro neto que nasceu com 3 quilos, não lembro mais qto centímetros e parece um "bonecrinho" de tão pequeno, e a mãe do bebê tá "engripada", e ela reza pra que não seja a tal gripe suíça(tradução:gripe suína), pois a tal comeu muita carne de porco na páscoa.
Eis que ontem essa senhora ao me encontrar no hospital, tipo amiga de infância, veio me dar 3 beijinhos, "oi filha, que bom te encontrar!"(Filha?BOM me encontrar no hospital envenenada?Ai Meldeus!), puxou uma cadeira do ambulatório que eu tava "internada" em observação, quase meteu o dedão no meu braço picado e dolorido, queria uma gaze pra enfaixar meu braço, e claro me contou não uma, mas pelo menos umas 5 histórias tristes de vizinhos de parente da mãe de não sei quem que morreram, perderam algum membro ou tiveram grandes sequelas como cegueira, surdez, e um desses infelizes ai ficou broxa(impotente) por exemplo ...tudo causado por picadas de escorpião. Muito agradável aquela senhora me contando coisas extremamente propícias para aquele momento...ela que tava lá por ter se "engripado" também e tinha absoluta certeza que é a gripe do porco, pois ela viu na televisão que tará que usar máscara no rosto igual aquele dançarino estrangeiro que era negro e ficou branco(creio eu que ela tava falando do Michael Jackson!!!). Eu não fiquei nem um pouco triste qdo a enfermeira santa percebeu que ela tava lá, disse que eu não tava bem e aquele era um ambiente esterelizado e eu precisava repousar(nem meu pai pôde ficar o tempo todo).
E a velha ainda prometeu voltar pra se despedir.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa a doce enfermeira me olhou e falou "Não te preocupa que não vou deixar"
Histórias de hospital...só comigo mesmo...
Espero que acabem por aqui!
enquanto isso no hospital...
sábado, 23 de maio de 2009
Mais um drama da Loirinha Dramática às 15:14
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